terça-feira, 2 de março de 2010

A incognita eleitoral




O que faremos no período eleitoral que se aproxima?
É a questão levantada por tantas e tantos brasileiras decepcionados por tantos desalentos provocados pelos partidos das elites sempre envolvidos em escândalos como é o caso do governador do Distrito Federal Arruda(DEM), da governadora do RS Yeda(PSDB), do antigo, mas não esquecido caso do mensalão (PT e base aliada), fatos que provocam apatia geral nos cidadãos e uma queda na força política popular e suas manifestações. Temos como objetivo construir o novo em todos os âmbitos, uma nova politica verdadeiramente de massas que defenda os direitos da classe trabalhadora como pauta principal e imediata, um mandato com a feição jovem, de quem tem como sonho a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para a concretização de propostas como essas é preciso o envolvimento de todos os setores populares, como a juventude, que historicamente conquistou grandes avanços democráticos no país, e em 2010 tem um papel mais decisivo de mudar a lógica política e social, em pró da política popular e consciente, que extingue os interesses desenfreados dos poderosos que promovem destruições massivas ecológicas incitando o consumo desenfreado e a produção sem limites. Juntos com a juventude, trabalhadores, assentados e todos setores populares sera possível fazer o novo acontecer.

texto:
LaiLa Garcia Marques

Breve análise de conjuntura

“Criar uma nova cultura não significa apenas fazer individualmente descobertas originais; significa também difundir essas verdades já descobertas, socializa-las por assim dizer; transformá-las portanto em base de ações vitais, em elemento de coordenação e de ordem intelectual. O fato de que uma multidão de pessoas seja levada a pensar coerentemente e de maneira unitária a realidade presente é um filosófico bem mais importante e original do que a descoberta, por parte de um gênio, de uma nova verdade que permaneça como patrimônio de pequeníssimos grupos intelectuais.”

Antonio Gramsci, Concepção dialética da história


Nas últimas décadas, no Brasil, o sentido da palavra reforma foi invertido. Generalizou-se a concepção de que não há a possibilidade de um desenvolvimento em bases nacionais e para todos. Nesse cenário, a mediocridade se move com cada vez mais arrogante e orgulhosa de si. Enfrentar a questão social foi protelado a um futuro longínquo. São inflexões decisivas, complexas, polêmicas, entretanto apresentados à opinião pública de maneira simplista, como fatos consumados, cujas conseqüências de longo prazo sequer necessitam ser objeto de reflexões cuidadosas.
Os integrantes da coalizão dominante são cegos para as conseqüências do sistema que representam. Sua forma de ver a sociedade através de variáveis altamente selecionadas – como a entrada de capital estrangeiro, o desempenho das bolsas de valores, as oportunidades de negócios que se abrem aqui e ali – oculta um sofrimento humano crescente. Tudo converge para sentirmos às avessas o sentimento de que o Brasil era um país viável e se encaminhava para um futuro melhor. A imagem de um país do futuro deu lugar à de um país bloqueado, cuja construção se esgotou sem se ter completado.
A liberdade se reduz ao seu precário travestimento encontrado no mercado capitalista, a cultura se transforma em mercadoria da indústria do entretenimento, as pessoas valem pelo que podem comprar, o desenvolvimento nada tem a ver com uma existência melhor. A infelicidade se eleva a proporções tão gigantescas, e atinge contingente tão amplo, que se torna, ela mesma, objeto de manipulação mercantil. Os tranqüilizantes químicos são os medicamentos mais consumidos. A indústria da segurança privada está entre as de maior crescimento; os seguros-saúde passaram a ser indispensáveis para os que podem pagá-los; a pornografia tornou-se negócio de grande dimensão, oferecida às multidões solitárias; multiplicam-se seitas religiosas que, a preços módicos, garantem a salvação em outro mundo. Nesse cenário, não se deve estranhar que o consumo de drogas – lícitas ou ilícitas – se amplie.
Aprofunda-se o fosso entre, de um lado, o conformismo do pensamento e a pobreza da comunicação, e, de outro, a profundidade da crise em que estamos imersos. Cada vez mais gente é expulsa da sociedade civil e retorna ao “estado de natureza”, que é estado da necessidade, marcado pela exclusão. Legiões de adultos perdem, de forma irreversível direitos já conquistados; enquanto legiões de jovens deixam a adolescência sem terem tido a capacitação necessária para se inserir no universo do trabalho e da cultura. Grande número de pessoas passa a viver sem identidade social definida. A noção de direitos e deveres se enfraquece.
O retorno ao estado de necessidade não degrada a existência apenas dos que já foram lançados nele. Todas as camadas sociais passam a experimentar uma ansiedade permanente entre o presente e o futuro. Dilui-se a distancia entre crise e normalidade, pois a existência normal torna-se crítica. A possibilidade do desemprego, a insegurança diante da violência onipresente, a preocupação com o desamparo em caso de doença/velhice; tudo isso causa um cotidiano de miséria material e moral que a todos atinge. Tudo se torna precário. Um sentimento do frágil, do especulativo, a todos domina, e a incerteza se torna o pano de fundo que preside as ações. As elites estão sempre pensando no próximo bom negócio; o povo na estratégia de sobrevivência para o próximo dia.
Os grupos que têm em comum a experiência da exploração e da exclusão ainda não se expressam de modo universal. Sua consciência , fracionada e desigual, abriga visões de mundo diferentes e, às vezes conflitantes. Porém, contém elementos sinceros e criativos, apesar de rudimentares e ambíguos, que podem servir de base à construção de outro projeto de sociedade. Somente eles têm condições de visualizar uma sociedade em que liberdades civis e direitos sociais sejam indissociáveis, como expressões do direito fundamental a uma vida digna, vivida em paz, sem ameaças e necessidades torturantes. Só eles podem lançar-se de forma decidida na construção desse longo caminho. Para que isso venha a acontecer, a discussão de um novo projeto é, mais do que nunca, necessária ....


Mario dos Santos, Tecnólogo em Gestão Pública, Grupo educacional UNINTER – Curitiba/PR, militante do núcleo Victor Jara - PSOL.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010



Eleição marca um momento de extrema importância das decisões de um futuro próximo da sociedade. Marca mudanças para jovens, adultos e idosos, escolhas são feitas e refletidas no período histórico que vivemos.
nestas palavras iremos nos deter principalmente no papel dos jovens neste processo. Acreditamos que crer em mudanças, formas politicas novas é sinonimo de chamar aos jovens seu papel de cidadão ativo em seu meio, seja ele eleitoral, em movimentos sociais, enfim,construção de uma juventude consciente e politizada.
Este ano é marcado pelas eleições a deputado (a), senador (a), governador (a) e presidente, é o momento das pessoas de todas idades refletirem sobre nossa dura realidade, de educação precária e abandonada, assim como saúde, moradia e tantas outras questões básicas e prioritárias em uma sociedade com o minimo de dignidade. É hora de nós lutarmos juntos contra a velha forma de fazer politica e a favor de um horizonte de esperanças e conquistas populares.
Aos 16 anos já é possível fazer a diferença e cumprir seu papel de cidadão nas urnas, e após esse momento continuar participando ativamente de todos processos políticos em todos espaços, sendo ele, institucional ou não, fazendo o novo acontecer.


JOVEM FAÇA SEU TÍTULO ELEITORAL, FAÇA O NOVO ACONTECER!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Campanha contra anistia a torturadores



APELO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: NÃO ANISTIE OS TORTURADORES!
Exmo. Sr. Dr. Presidente do
Supremo Tribunal Federal
Ministro Gilmar Mendes

Eminentes Ministros do STF: está nas mãos dos senhores um julgamento de importância histórica para o futuro do Brasil como Estado Democrático de Direito, tendo em vista o julgamento da ADPF (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental) nº 153, proposta em outubro de 2008 pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que requer que a Corte Suprema interprete o artigo 1º da Lei da Anistia e declare que ela não se aplica aos crimes comuns praticados pelos agentes da repressão contra os seus opositores políticos, durante o regime militar, pois eles não cometeram crimes políticos e nem conexos.

Tortura, assassinato e desaparecimento forçado são crimes de lesa-humanidade, portanto não podem ser objeto de anistia ou auto-anistia.

O Brasil é o único país da América Latina que ainda não julgou criminalmente os carrascos da ditadura militar e é de rigor que seja realizada a interpretação do referido artigo para que possamos instituir o primado da dignidade humana em nosso país.

A banalização da tortura é uma triste herança da ditadura civil militar que tem incidência direta na sociedade brasileira atual.

Estudos científicos e nossa observação demonstram que a impunidade desses crimes de ontem favorece a continuidade da violência atual dos agentes do Estado, que continuam praticando tortura e execuções extrajudiciais contra as populações pobres.

Afastando a incidência da anistia aos torturadores, o Supremo Tribunal Federal fará cessar a degradação social, de parte considerável da população brasileira, que não tem acesso aos direitos essenciais da democracia e nesta medida, o Brasil deixará de ser o país da América Latina que ainda aceita que a prática dos atos inumanos durante a ditadura militar possa ser beneficiada por anistia política.

Estamos certos que o Supremo Tribunal Federal dará a interpretação que fortalecerá a democracia no Brasil, pois Verdade e Justiça são imperativos éticos com os quais o Brasil tem compromissos, na ordem interna, regional e internacional.

Os Ministros do STF têm a nobre missão de fortalecer a democracia e dar aos familiares, vítimas e ao povo brasileiro a resposta necessária para a construção da paz.

Não à anistia para os torturadores, sequestradores e assassinos dos opositores à ditadura militar.

Comitê Contra a Anistia aos Torturadores


Para assinar o manifesto,clique em- http://www.ajd.org.br/contraanistia_port.php

sábado, 5 de dezembro de 2009

EM DEFESA DA CANDIDATURA PRÓPRIA DO PSOL PARA PRESIDÊNCIA DO BRASIL EM 2010

Nós, militantes da juventude do PSOL de Santa Maria-RS, organizados no núcleo de juventude Victor Jara, desejamos expressar nosso posicionamento sobre os cenários postos em relação às eleições de 2010 e incidir sobre o debate que internamente (mas não somente) vem sendo realizado no PSOL.

Dentro do PSOL, hoje, temos visivelmente dois posicionamentos postos e defendidos no âmbito da grande política do partido, a despeito dos que ainda não se posicionaram: (1), os que defendem a candidatura própria do PSOL (nesta opção temos setores que defendem o nome do camarada Plínio Arruda Sampaio, o que não impede que outros nomes também sejam apresentados); (2) os que defendem abertamente a possibilidade de um apoio/aliança do PSOL com Marina – PV.

Frente a esse cenário, cabe urgentemente dialogar sobre o que significa a “alternativa” Marina Silva. Sabemos que esta candidata possui certo apelo carismático diante das massas, em virtude da infância pobre e da luta ambiental que vem realizando há algum tempo. Porém, como dito por Ricardo Antunes, Marina “defende a sustentabilidade numa sociedade cada vez mais insustentável. Não quer ferir a ordem, mas amoldar-se a ela”. Em entrevista recente à revista Veja, Marina confirmou sua opção pelo livre mercado. Além disso, ainda disse que saiu do PT, mas continua “a morar na mesma rua de seu antigo partido”. Como se não bastasse, sua candidatura está sendo construída com o apoio e a participação de setores conservadores consideráveis da sociedade brasileira, como Guilherme Leal, dono da NATURA (que será seu candidato a vice-presidente), parte da família Sarney, do empresariado e da grande mídia.

Essa construção, divulgada e apoiada pelos meios midiáticos monopolistas, configura uma clara campanha para desbancar qualquer projeto político de ruptura com a polarização entre PT-PSDB e com a subjacente ordem do capital que lhe dá sustentação. Na verdade, a burguesia nacional pretende criar assim uma “alternativa” que nada possui de essencialmente diferente do grosso da política nacional. Desejam, em verdade, produzir aos olhos dos eleitores uma falsa “opção”, aparentemente diferente em relação àquelas tradicionalmente impostas aos trabalhadores. Seu objetivo, claro está, é o de demover os projetos alternativos (socialistas) com possibilidade de conquistar o apoio da população descontente. Para realizar este objetivo tentam manobrar setores ligados à defesa do meio-ambiente e até do próprio MST. Essa estratégia, porém, apenas caracteriza um aprofundamento na despolitização da sociedade brasileira, que passaria a ter uma ala “eco-capitalista”, ao estilo Al Gore, e manteria inalterado o consenso em torno das práticas que atendem às exigências do capital e que são as verdadeiras causas da degradação ecológica.

Acreditamos, portanto, que uma aliança com Marina Silva não é do interesse dos socialistas por dois motivos: 1) Porque seu projeto não visa se contrapor à causa profunda dos problemas ambientais que é, bem entendido, a crise estrutural atualmente estabelecida que leva o sistema do capital a lançar mão de meios cada vez mais destrutivos para realizar o controle da reprodução sócio-metabólica da humanidade. A destrutividade que afeta a natureza é, nesse contexto, expressão desse conjunto de processos; 2) O programa político do PV parte da falsa premissa de que o Estado tem a possibilidade de controlar os processos sócio-metabólicos que agridem a natureza, quando, na verdade, o que ocorre é o contrário: o aparato estatal é apenas uma parte do sistema do capital, que tem por função, como diz Mészáros, “ajustar suas funções reguladoras em sintonia com a dinâmica variável do processo de reprodução socioeconômico, complementando politicamente e reforçando a dominação do capital”. O Estado se ajusta e reforça, portanto, o domínio do capital, mas não o controla. Essa compreensão desautoriza todo e qualquer tipo de projeto reformista... Por essas razões, entendemos que Marina Silva não representa a esquerda socialista de oposição ao governo Lulo-petista e ao sistema do capital.

Estamos convencidos de que é de suma importância que todos os filiados e militantes do partido tenham acesso aos debates internos e que os posicionamentos de cada corrente sejam transparentes e divulgados. Pelo que foi explicitado acima, defendemos a candidatura própria do PSOL, pois ela expressa os ideais e expectativas de um considerável setor da sociedade brasileira, configurando-se assim numa alternativa de luta que dá voz às exigências de mudança das relações estruturais no interior da formação social e econômica atualmente estabelecida.

Não podemos subestimar o PSOL como um todo e o que ele representa para a sociedade. Não desconsideramos o peso representativo de Heloísa Helena, mas não podemos reduzir a consciência dos que nos apóiam a uma lógica personalista.

Para superar esses impasses, precisamos de uma candidatura própria do PSOL que dê garantia aos companheiros do PSTU e PCB, que confirme uma alternativa radical para dialogar com a população na próxima eleição, que faça a crítica à falsa polarização PT x PSDB e que ajude a classe trabalhadora a desmascarar a terceira via burguesa, ou seja, a candidatura de Marina e do PV.

Núcleo de Juventude Victor Jara – PSOL. Santa Maria-RS.

Alídio da Luz – estudante secundarista;

Ciro de Oliveira – estudante Ciências Sociais / UFSM;

Daniel Canha – estudante do Coletivo de Educação Popular – Práxis.

Daiane Duarte – estudante Educação Especial / UFSM;

Demétrio Cherobini – bacharel em Ciências Sociais e mestrando em educação (UFSC);

Dionas Pompeu – estudante secundarista;

Douglas Moreira Vieira – estudante secundarista;

Friedelin Buske – estudante e trabalhador;

Henrique Cignachi – estudante História / UFSM, Executiva Municipal do PSOL - SM;

Laila Garcia Marques – estudante secundarista;

Luiz Enrique Pilar – estudante Arquivologia / UFSM;

Mathias Rodrigues – estudante Jornalismo / UFSM;

Paulo Sérgio Gai Montedo – estudante Física / UFSM;

Roberto Lisboa – estudante História / UFSM, Executiva Municipal do PSOL – SM;

Rodrigo Lisboa – estudante Matemática / UFSM.

Ruana Píber da Rosa – estudante Letras / UFSM.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Por que é necessário lutar pelo Impeachment de YEDA no governo gaúcho.

O Governo Yeda, desde 2006 vem mostrando ao povo do Rio Grande do Sul a face mais conservadora da política brasileira. São os ataques constantes aos serviços públicos mais básicos do estado, como a educação, tendo como conseqüência a enturmação, escolas de lata e o não pagamento do piso nacional dos educadores, o sucateamento da UERGS; é a servidão do estado para com os interesses privados, visto o apoio às multinacionais papeleiras, a abnegação na defesa do latifúndio, as tentativas de prorrogação dos pedágios; é o aumento em 143% de seu salário e a tentativa de compra de um avião para viagens internacionais; é o fascismo expresso na truculência com que trata os movimentos sindicais, sociais e estudantil, fechando as escolas itinerantes do MST, batendo em professores, usando a Brigada Militar como exército particular reprimindo atos públicos da sociedade civil. Esta política autoritária teve seu ponto culminante no dia 21 de agosto quando o colono sem-terra Elton da Silva foi assassinado pela BM em São Gabriel. E a face mais clara de todas estas políticas veio a tona com a descoberta do maior escândalo de corrupção já visto no estado, onde mais de 250 milhões de reais foram desviados dos impostos dos trabalhadores (Operação Rodin e Operação Solidária, da PF). Além de reprimir e matar os que reivindicam uma sociedade mais justa com um estado que cumpra sua função social, este governo se mostrou atuante como uma verdadeira quadrilha instalada no Piratini.

É por tudo isso que o movimento estudantil estadual vem realizando uma série de atos nas ruas, desde 2007, tendo como ponto culminante os atos deste ano, em que o movimento dos caras-pintadas voltou as ruas mostrando sua eterna vitalidade frente à prepotência dos generais e dos corruptos. A esquerda estudantil da UFSM protagonizou a atuação nas ruas, tendo desde início realizado ocupações na FUNDAE e na FATEC, bem como indo para atos em POA e organizando exclusivamente os atos públicos realizados em Santa Maria que conseguiu depois de muito tempo congregar novamente o movimento estudantil secundarista e universitário. E o "FORA YEDA" esta na cabeça e na boca da juventude. Agora com o envio do processo por parte do Ministério Público Federal deixa confirmada a face mais cruel da política em nosso estado, que só se mantém sob apoio dos poderosos da terra e das industrias, pela BM e pela ignorância política herdada das elites reacionárias do RS.


Está mais que na hora deste governo que fede muito cair de podre!


FORA YEDA, IMPEACHMENT JÁ!


Henrique Cignachi
D.A Quilombo dos Palmares - História/UFSM
Mov. Construção Coletiva
Secretário de Juventude do PSOL-SM

terça-feira, 15 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Um pouco de história

Luis Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da república em 1/1/2003. Ele fora eleito para mudar o país, para governá-lo para o povo, fora eleito por seus ideais esquerdistas. Mas Henrique Meirelles, então no PSDB (GO), foi nomeado presidente do Banco Central, e o povo, começou a desconfiar... Em pouco menos de 1 ano, o presidente quase não tinha realizado mudanças reais, a não ser a tentativa do Fome Zero, que não foi adiante.

Foi então que o presidente, assim como seu partido, o PT, resolveu apoiar a Reforma da Previdência (2003), reforma que havia sido combatida pelos próprios petistas nos governos FHC, por seu caráter neo-liberal que significava apenas trasferência de renda do setor público para o privado. Petistas históricos posicionaram-se contra desde o início, e passaram a sofrer represálias do partido. Correntes do partido compraram a briga, e decidiram lutar contra a reforma previdenciária.





O que se viu foi uma verdadeira perseguição contra os que continuavam lutando pelos ideiais socialistas dentro do partido. Heloísa Helena (senadora por Alagoas), Luciana Genro (deputada federal pelo Rio Grande do Sul) e Babá (deputado federal pelo Pará) foram expulsos após votarem contra a orientação do PT, e um grande número de militantes desfiliou-se em protesto. Os cegos seguidores de Lula fizeram então de tudo para que Heloísa não conseguisse um novo partido para concorrer nas eleições de 2006. Após conseguir 700 mil assinaturas a favor da formação do novo partido, apenas 450 mil foram aceitas pela Justiça Eleitoral, o que gerou um atraso na fundação, que só ocorreu de forma definitiva em 15/09/2005.


Nascia assim o PSOL, Partido Socialismo e Liberdade. Durante o período de construção do novo partido, o Brasil havia visto corrupção atrás de corrupção no governo federal, o que gerou diversas cisões dentro do PT e aumentou o número de filiados do PSOL. Ivan Valente, Plínio de Arruda Sampaio, Chico Alencar, Maninha, João Alfredo e Orlando Fantanazzi são exemplos de liderenças que perceberam a brusca mudança ideológica petista e ingressaram no PSOL.

Em 2006, o primeiro teste eleitoral. Nacionalmente foi criada uma Frente de Esquerda com PSTU e PCB para combater a falsa polarização entre Lula e Alckmin. Heloísa saiu candidata à presidência, mesmo tendo reais chances de se reeleger ao senado, e sabendo que perderia o mandato. Mesmo com um partido em formação, e com inúmeras dificuldades, a candidatura foi um sucesso, postulando o PSOL como uma alternativa de esquerda, combativa e de massas. Conseguimos mais de 6 milhões de votos, ou seja, mais de 6% do eleitorado. Elegemos deputados estaduais no Rio e em São Paulo, além de três deputados federais, Luciana Genro (RS), Ivan Valente (SP) e Chico Alencar (RJ).

2007 foi o ano do I Congresso Nacional do PSOL, realizado no Rio de Janeiro. Lá foram dadas as diretrizes minímas para a que se continuasse a construir o partido. Heloísa Helena foi escolhida presidente do partido. Continuamos a travar batalhas, tanto nas ruas, quanto em Brasília, contra o imperialismo, o neo-liberalismo, e em defesa do povo trabalhador.

Em 2008 tivemos nosso segundo teste eleitoral. Heloísa Helena elegeu-se vereadora de Maceió, com a maior votação proporcional da história do país. Elegemos veradores também em Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Viamão, Fortaleza, entre outras cidades. Tivemos campanhas como a de Raul Marcelo, deputado estadual de SP, à prefeitura de Sorocaba, onde o povo realmente acreditou que a mudança política tinha corpo nas propostas do PSOL. E onde o candidato foi inclusive ameaçado de morte e perseguido por carros em alta velocidade, certamente uma represália medrosa da burguesia sorocabana. Em Santa Maria, lançamos candidatura própria, com Sandra Feltrin encabeçando a Frente de Esquerda, e também se postulando como alternativa à outra falsa polarização, desta vez protagonizada pela dupla Schirmer-Pimenta.

Nesse ano, o partido teve um ótimo crescimento, principalmente na juventude. Construimos a luta pelo Fora Yeda, após as denúncias de nossa deputada Luciana Genro e do vereador de Porto Alegre, Pedro Ruas. Nos mostramos diferentes da falsa esquerda, que sempre hesitou em luta contra o governo tucano corrupto, e só entrou na luta por cargos, poder e pelas eleições que virão. Nos diferenciamos mais anida deles na luta pelo Fora Sarney, que está tomando as ruas do Brasil, em um movimento plural que há muito não se via. Mostramos como o PT já se perdeu há muito tempo, e defende, pura e simplismente para ter o apoio do PMDB em 2010, um dos coronéis mais corruptos da história do Brasil. E por último, realizamos o II Congresso Nacional do PSOL, desta vez em São Paulo, onde mais uma vez nos colocamos na oposição dos petucanos, e reelegemos Heloísa Helena presidente do partido.



Esse é o PSOL. A verdadeira esquerda. Um partido de luta, que defende a classe trabalhadora, e não se vende ao capital.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Em homenagem ao camarada Elton Brum da Silva



Mais de 500 sem-terras e apoiadores da reforma agrária caminharam hoje (27/08/09) ao local da chacina patrocinada pela Brigada Militar contra os sem-terra, onde o camarada Elton foi morto com um tiro nas costas, na fazenda Southall. Na celebração ecumênica foram plantadas árvores e cravada uma cruz no local da morte. O ato contou com a presença dos militantes do núcleo Victor Jara da juventude do PSOL de Santa Maria e da presidente do PSOL de Santa Maria, Sandra Feltrin. A luta pela reforma agrária continua.

"Não faremos um minuto de silêncio, mas uma vida de lutas!"