segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Um pouco de história

Luis Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da república em 1/1/2003. Ele fora eleito para mudar o país, para governá-lo para o povo, fora eleito por seus ideais esquerdistas. Mas Henrique Meirelles, então no PSDB (GO), foi nomeado presidente do Banco Central, e o povo, começou a desconfiar... Em pouco menos de 1 ano, o presidente quase não tinha realizado mudanças reais, a não ser a tentativa do Fome Zero, que não foi adiante.

Foi então que o presidente, assim como seu partido, o PT, resolveu apoiar a Reforma da Previdência (2003), reforma que havia sido combatida pelos próprios petistas nos governos FHC, por seu caráter neo-liberal que significava apenas trasferência de renda do setor público para o privado. Petistas históricos posicionaram-se contra desde o início, e passaram a sofrer represálias do partido. Correntes do partido compraram a briga, e decidiram lutar contra a reforma previdenciária.





O que se viu foi uma verdadeira perseguição contra os que continuavam lutando pelos ideiais socialistas dentro do partido. Heloísa Helena (senadora por Alagoas), Luciana Genro (deputada federal pelo Rio Grande do Sul) e Babá (deputado federal pelo Pará) foram expulsos após votarem contra a orientação do PT, e um grande número de militantes desfiliou-se em protesto. Os cegos seguidores de Lula fizeram então de tudo para que Heloísa não conseguisse um novo partido para concorrer nas eleições de 2006. Após conseguir 700 mil assinaturas a favor da formação do novo partido, apenas 450 mil foram aceitas pela Justiça Eleitoral, o que gerou um atraso na fundação, que só ocorreu de forma definitiva em 15/09/2005.


Nascia assim o PSOL, Partido Socialismo e Liberdade. Durante o período de construção do novo partido, o Brasil havia visto corrupção atrás de corrupção no governo federal, o que gerou diversas cisões dentro do PT e aumentou o número de filiados do PSOL. Ivan Valente, Plínio de Arruda Sampaio, Chico Alencar, Maninha, João Alfredo e Orlando Fantanazzi são exemplos de liderenças que perceberam a brusca mudança ideológica petista e ingressaram no PSOL.

Em 2006, o primeiro teste eleitoral. Nacionalmente foi criada uma Frente de Esquerda com PSTU e PCB para combater a falsa polarização entre Lula e Alckmin. Heloísa saiu candidata à presidência, mesmo tendo reais chances de se reeleger ao senado, e sabendo que perderia o mandato. Mesmo com um partido em formação, e com inúmeras dificuldades, a candidatura foi um sucesso, postulando o PSOL como uma alternativa de esquerda, combativa e de massas. Conseguimos mais de 6 milhões de votos, ou seja, mais de 6% do eleitorado. Elegemos deputados estaduais no Rio e em São Paulo, além de três deputados federais, Luciana Genro (RS), Ivan Valente (SP) e Chico Alencar (RJ).

2007 foi o ano do I Congresso Nacional do PSOL, realizado no Rio de Janeiro. Lá foram dadas as diretrizes minímas para a que se continuasse a construir o partido. Heloísa Helena foi escolhida presidente do partido. Continuamos a travar batalhas, tanto nas ruas, quanto em Brasília, contra o imperialismo, o neo-liberalismo, e em defesa do povo trabalhador.

Em 2008 tivemos nosso segundo teste eleitoral. Heloísa Helena elegeu-se vereadora de Maceió, com a maior votação proporcional da história do país. Elegemos veradores também em Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Viamão, Fortaleza, entre outras cidades. Tivemos campanhas como a de Raul Marcelo, deputado estadual de SP, à prefeitura de Sorocaba, onde o povo realmente acreditou que a mudança política tinha corpo nas propostas do PSOL. E onde o candidato foi inclusive ameaçado de morte e perseguido por carros em alta velocidade, certamente uma represália medrosa da burguesia sorocabana. Em Santa Maria, lançamos candidatura própria, com Sandra Feltrin encabeçando a Frente de Esquerda, e também se postulando como alternativa à outra falsa polarização, desta vez protagonizada pela dupla Schirmer-Pimenta.

Nesse ano, o partido teve um ótimo crescimento, principalmente na juventude. Construimos a luta pelo Fora Yeda, após as denúncias de nossa deputada Luciana Genro e do vereador de Porto Alegre, Pedro Ruas. Nos mostramos diferentes da falsa esquerda, que sempre hesitou em luta contra o governo tucano corrupto, e só entrou na luta por cargos, poder e pelas eleições que virão. Nos diferenciamos mais anida deles na luta pelo Fora Sarney, que está tomando as ruas do Brasil, em um movimento plural que há muito não se via. Mostramos como o PT já se perdeu há muito tempo, e defende, pura e simplismente para ter o apoio do PMDB em 2010, um dos coronéis mais corruptos da história do Brasil. E por último, realizamos o II Congresso Nacional do PSOL, desta vez em São Paulo, onde mais uma vez nos colocamos na oposição dos petucanos, e reelegemos Heloísa Helena presidente do partido.



Esse é o PSOL. A verdadeira esquerda. Um partido de luta, que defende a classe trabalhadora, e não se vende ao capital.

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