domingo, 26 de julho de 2009

Considerações sobre PCdoB, UJS e a esquerda do "sim senhor"

Quem me conhece ou acompanha meu blog sabe de uma admiração que tive pelo PCdoB, em especial pela figura de Manuela D'Ávila. Quando resolvi entrar na política o PCdoB era uma opção que, graças a deus, não escolhi. Hoje percebo o quanto errei em defender esse partido e a deputada, inclusive com apoio "virtual" em eleições passadas.

Vendo as coisas de dentro da política e do movimento estudantil é fácil perceber que o PCdoB de hoje não é comunista. É um partido que se vendeu ao neoliberalismo junto com o PT, mas que, pior que isso, defende de todas as maneiras sua escolha como a certa de um partido de esquerda. Na juventude então, defendem Lula como se fosse um deus, mais até que os petistas. Tudo isso tem explicação. O PCdoB percebeu que ser escravo do PT era mais fácil e lucrativo do que lutar por seus antigos ideais. E se vendeu por secretarias, ministérios, e por um grande aumento de orçamento da UNE, parasitada há anos pela UJS, juventude do partido.

Aliás, a UJS não passa da maneira mais fácil de se ganhar dinheiro dentro do partido. Sua direção anti-democrática na UNE impede qualquer revolta ou derrota na entidade, e se aproveita para criar políticos-mercadoria, com o discursinho de sempre, que perpetuam o stalinismo da organização na política brasileira. Manuela é exemplo disso, um pouco de consciência política, um rostinho bonito e dizer sim ao dinheiro, seja do PT ou do PPS, como em Porto Alegre, são os requisitos para que o aparelho da UNE te crie como um novo político.

Repito que dou graças a deus de ter escolhido o partido que não pro coincidência tem Liberdade no nome, e que me arrependo de grande parte das coisas que escrevi e falei sobre o PCdoB, a UJS e qualquer um de seus militantes. Não acredito que eles sejam capaz de mudar o Brasil de alguma forma para melhor.

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