Quem me conhece ou acompanha meu blog sabe de uma admiração que tive pelo PCdoB, em especial pela figura de Manuela D'Ávila. Quando resolvi entrar na política o PCdoB era uma opção que, graças a deus, não escolhi. Hoje percebo o quanto errei em defender esse partido e a deputada, inclusive com apoio "virtual" em eleições passadas.
Vendo as coisas de dentro da política e do movimento estudantil é fácil perceber que o PCdoB de hoje não é comunista. É um partido que se vendeu ao neoliberalismo junto com o PT, mas que, pior que isso, defende de todas as maneiras sua escolha como a certa de um partido de esquerda. Na juventude então, defendem Lula como se fosse um deus, mais até que os petistas. Tudo isso tem explicação. O PCdoB percebeu que ser escravo do PT era mais fácil e lucrativo do que lutar por seus antigos ideais. E se vendeu por secretarias, ministérios, e por um grande aumento de orçamento da UNE, parasitada há anos pela UJS, juventude do partido.
Aliás, a UJS não passa da maneira mais fácil de se ganhar dinheiro dentro do partido. Sua direção anti-democrática na UNE impede qualquer revolta ou derrota na entidade, e se aproveita para criar políticos-mercadoria, com o discursinho de sempre, que perpetuam o stalinismo da organização na política brasileira. Manuela é exemplo disso, um pouco de consciência política, um rostinho bonito e dizer sim ao dinheiro, seja do PT ou do PPS, como em Porto Alegre, são os requisitos para que o aparelho da UNE te crie como um novo político.
Repito que dou graças a deus de ter escolhido o partido que não pro coincidência tem Liberdade no nome, e que me arrependo de grande parte das coisas que escrevi e falei sobre o PCdoB, a UJS e qualquer um de seus militantes. Não acredito que eles sejam capaz de mudar o Brasil de alguma forma para melhor.
domingo, 26 de julho de 2009
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